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Anatomia - laparoscopia diagnóstica para zona de aderências, citologia de lavagem, amostragem de biópsia, operação de segundo olhar

  1. Índice de Sugarbaker (Índice de Câncer Peritoneal)

    Índice de Sugarbaker (Índice de Câncer Peritoneal) 1
    Índice de Sugarbaker (Índice de Câncer Peritoneal) 2

    O Índice de Sugarbaker, também conhecido como Índice de Câncer Peritoneal (PCI), é um sistema de pontuação usado para determinar a carga tumoral e a distribuição na carcinomatose peritoneal. O PCI divide a cavidade abdominal em 13 regiões, das quais 9 são abdominais e 4 são áreas entéricas.

    Regiões abdominais

    0. Abdômen central

    1. Quadrante superior direito

    2. Epigástrio

    3. Quadrante superior esquerdo

    4. Flanco esquerdo

    5. Quadrante inferior esquerdo

    6. Pelve

    7. Quadrante inferior direito

    8. Flanco direito

    Regiões entéricas:

    9. Jejuno superior

    10. Jejuno inferior

    11. Íleo superior

    12. Íleo inferior

     

    Em cada uma dessas 13 regiões, o tamanho do maior depósito tumoral é avaliado e pontuado da seguinte forma:

    - 0 = Nenhum depósito tumoral visível

    - 1 = Depósitos tumorais até 0,5 cm

    - 2 = Depósitos tumorais de 0,5 - 5 cm

    - 3 = Depósitos tumorais > 5 cm ou confluência

    As pontuações de todas as 13 regiões são então somadas para um escore total (PCI 0-39), refletindo a extensão da carcinomatose peritoneal.

     

    RegiãoÓrgãos a serem avaliados
    0 - CentralIncisão abdominal na linha média – Grande omento – Cólon transverso
    1 - Direito superiorSuperfícies do lobo hepático direito – Face inferior do diafragma direito – Espaço retro-hepático direito
    2 - EpigástrioAlmofada de gordura epigástrica – Lobo hepático esquerdo – Pequeno omento – Ligamento falciforme
    3 - Esquerdo superiorFace inferior do diafragma esquerdo – Baço – Cauda do pâncreas – Superfícies anterior e posterior do estômago
    4 - Flanco esquerdoCólon descendente – Goteira paracólica esquerda
    5 - Esquerdo inferiorParede pélvica lateral ao cólon sigmoide – Cólon sigmoide
    6 - PelveGenitália interna feminina com ovários, trompas de Falópio e útero – Bexiga, fundo de saco de Douglas – Retossigmoide
    7 - Direito inferiorParede pélvica direita – Apêndice
    8 - Flanco direitoGoteira paracólica direita – Cólon ascendente
    9 - Jejuno superior 
    10 - Jejuno inferior 
    11 - Íleo superior 
    12 - Íleo inferior 
  2. Central

    Omento maior: O omento maior é uma grande prega peritoneal em forma de avental que pende da curvatura maior do estômago e cobre o cólon transverso, bem como partes das alças do intestino delgado. Ele contém tecido adiposo abundante, linfonodos e vasos sanguíneos e desempenha um papel importante na defesa imunológica, bem como no isolamento de infecções dentro da cavidade abdominal.

    Cólon transverso: O segmento transverso do intestino grosso que corre entre as flexuras cólicas direita e esquerda. Está localizado intraperitonealmente e é suprido pelo mesocólon transverso. O cólon transverso é responsável pela absorção de água e pela transmissão do conteúdo intestinal para o cólon descendente.

  3. Topo direito

    Superfícies do lobo direito do fígado: O lobo direito do fígado é a maior e funcionalmente mais importante parte do fígado, localizado no abdômen superior direito. Ele faz fronteira com o diafragma e cobre parcialmente o rim direito. O fígado desempenha um papel central no metabolismo, na desintoxicação e na produção de bile.

    Face inferior do diafragma direito: Essa estrutura representa a placa músculo-tendinosa que separa a cavidade abdominal da cavidade torácica. O diafragma direito é mais alto que o esquerdo e faz fronteira diretamente com o lobo direito do fígado. Ele está envolvido na respiração ao se contrair e enlarguecer a cavidade torácica.

    Espaço retro-hepático direito: Também conhecido como bolsa de Morison, esse é um espaço potencial entre a superfície direita do fígado e o rim direito, clinicamente significativo porque fluido pode se acumular aqui em casos de ascite ou sangramento.

  4. Epigástrio

    Almofada de gordura epigástrica: O tecido adiposo na região epigástrica é subcutâneo e protege os órgãos subjacentes. Ele também serve como reserva de energia e isolamento.

    Lobo esquerdo do fígado: Essa parte menor do fígado está localizada no abdome superior esquerdo e se estende através da linha média. Ele é separado do lobo direito pelo ligamento falciforme. O lobo esquerdo é anatomicamente menor, mas funcionalmente tão importante quanto o direito.

    Omento menor: O omento menor é uma prega peritoneal menor que conecta o fígado à curvatura menor do estômago e ao duodeno proximal. Ele forma a parede anterior da bolsa omental e contém estruturas importantes, como a veia porta, a artéria hepática própria e o ducto biliar comum.

    Ligamento falciforme: Essa estrutura é um anexo de tecido conjuntivo que fixa o fígado à parede abdominal anterior e ao diafragma. Ele divide o fígado em um lobo direito e esquerdo e contém o ligamento redondo do fígado, um remanescente da veia umbilical fetal.

  5. Topo esquerdo

    Face inferior do diafragma esquerdo: Esta região inclui a cúpula diafragmática esquerda, que separa o campo pleural esquerdo e o pulmão esquerdo dos órgãos abdominais, como o baço e o estômago.

    Baço: O baço é um órgão altamente vascularizado, intraperitoneal, localizado no abdome superior esquerdo, abaixo do diafragma. Ele tem funções importantes na defesa imunológica, filtração sanguínea e decomposição de eritrócitos velhos ou danificados.

    Cauda do pâncreas: A cauda do pâncreas está localizada no abdome superior esquerdo e se estende até o hilo esplênico. A cauda pancreática é um órgão endócrino e exócrino que produz insulina e enzimas digestivas.

    Superfícies anterior e posterior do estômago: O estômago está localizado no abdome superior esquerdo e consiste em várias seções, como o fundo, o corpo e o antro. Ele é coberto pelo peritônio e pelo omento da parede abdominal anterior e posterior. O estômago é essencial para a digestão mecânica e química dos alimentos.

  6. Flanco Esquerdo

    Cólon descendente: Esta seção do intestino grosso corre ao longo do lado esquerdo do abdômen e transporta o conteúdo intestinal do cólon transverso em direção ao sigmoide. O cólon descendente é secundariamente retroperitoneal e está envolvido na absorção de água e formação de fezes.

    Goteira paracólica esquerda: Esta goteira peritoneal corre lateralmente ao cólon descendente e serve como um caminho para o movimento de fluidos na cavidade abdominal, como em efusões peritoneais. Ela forma uma barreira anatômica que pode restringir processos patológicos a um lado do abdômen.

  7. Inferior esquerdo

    Parede pélvica lateral do cólon sigmoide: Esta região inclui a parede pélvica lateral, que consiste em músculos, fáscia e estruturas de tecido conjuntivo que suportam o cólon sigmoide. Nervos e vasos que suprem a pelve e extremidades inferiores também passam por aqui.

    Cólon sigmoide: A seção sigmoide do intestino grosso é em forma de S e conecta o cólon descendente com o reto. Está localizado no abdômen inferior esquerdo e serve para armazenar e compactar as fezes antes de passarem para o reto.

  8. Pelve

    Pelve 1
    Pelve 2

    Ovário (Ovarium)

    O ovário (Ovarium) está localizado lateralmente na região pélvica e se estende em uma orientação vertical. Ele possui uma superfície interna voltada para o interior pélvico (Facies medialis/intestinalis) e uma superfície externa direcionada para a parede pélvica lateral (Facies lateralis). A borda livre arredondada é chamada de Margo liber, e na borda anterior, o Margo mesovaricus, o mesovário está fixado, que é uma estrutura do ligamento largo do útero (Lig. latum uteri).

    Existem dois polos: 

    • Extremidade uterina
    • Extremidade tubária

    O hilo do ovário, onde vasos e nervos entram, está localizado na fixação do tecido conjuntivo do ovário, conhecido como mesovário, no Margo mesovaricus.

    O ovário está conectado à parede pélvica na extremidade tubária pelo ligamento suspensor do ovário. Os vasos ovarianos (Vasa ovarica), vasos linfáticos e nervos correm ao longo desse ligamento suspensor.

    O ligamento próprio do ovário fica entre o ovário (extremidade uterina). Este está localizado diretamente atrás do ângulo tubário. A artéria R. ovaricus da artéria uterina corre aqui. 

    O ovário é suprido por: 

    • Artéria ovariana
    • Ramo ovariano da artéria uterina.

    Essas artérias formam anastomoses no Margo mesovaricus e suprem o ovário com sangue. 

    As veias transportam o sangue venoso via veia ovariana direita para a veia cava inferior e via veia ovariana esquerda para a veia renal esquerda. Parte do sangue flui através do plexo uterino para a veia ilíaca interna.

    O ovário está localizado na cavidade abdominal (intraperitoneal) na fossa ovariana. Aqui, no retroperitônio, correm o nervo obturador, vasos obturadores e os vasos ilíacos externos. Medialmente, a artéria umbilical e a artéria uterina também correm.

     

    A Tuba Uterina (Tuba uterina, Salpinx)

    A tuba uterina, também conhecida como Tuba uterina, tem cerca de 10-15 centímetros de comprimento e 2-5 milímetros de espessura. Ela corre intraperitonealmente ao longo da borda livre superior do ligamento largo do útero (Ligamentum latum uteri), do canto do útero até o ovário. No mesossalpinx, os vasos sanguíneos e nervos para a tuba uterina correm, ancorando adicionalmente a tuba ao ligamento largo.

    A tuba uterina em si pode ser dividida em diferentes seções:

    • Infundíbulo da tuba uterina (+ óstio abdominal da tuba uterina)
    • Fímbrias da tuba uterina, 
    • Ampola da tuba uterina
    • Istmo da tuba uterina
    • Parte uterina. 

    O suprimento sanguíneo da tuba uterina é fornecido por pequenos ramos (Rr. tubarii) das artérias ovariana e uterina, que correm no mesossalpinx e se anastomizam entre si. As veias acompanham as artérias e drenam para a veia ovariana e o plexo uterino/uterovaginal. 

    O Útero

    O útero, também chamado de ventre, é um órgão muscular oco no corpo feminino que desempenha um papel importante durante a gravidez e o parto.

    O útero consiste em:

    • o corpo (Corpus uteri), 
    • o istmo do útero
    • o colo do útero (Cervix uteri) 

    O comprimento médio do útero é de cerca de 7,5 cm, a largura 4 cm e a espessura 2,5 cm. 

    O fundo: uteri representa a seção superior do útero, localizada acima dos pontos de entrada das tubas uterinas. Suas paredes laterais estão conectadas ao ligamento largo do útero (Ligamentum latum uteri). Nas bordas laterais do útero, onde as tubas uterinas entram no útero, forma-se o ângulo tubário. Do ângulo tubário, o ligamento próprio do ovário se estende até o ovário, enquanto o ligamento redondo do útero se estende até o canal inguinal.

    Colo do útero: O colo se estende com seu terço inferior cônico para a vagina. Ele é dividido na porção supravaginal do colo (Endocérvix) e na porção vaginal do colo (Ectocérvix ou simplesmente Pórtico). Na área superior da vagina, o colo do útero forma os fórnices vaginais anterior e posterior (Fornix vaginae) entre o Pórtico e a parede vaginal.

    Porção vaginal: No final da porção vaginal está o óstio externo, também conhecido como orifício externo do útero (Ostium uteri ou Orificium externum uteri).

    A porção vaginal geralmente é avermelhada e é coberta por epitélio escamoso estratificado não queratinizado, semelhante à vagina. Na transição para o Ostium uteri, esse epitélio muda para o epitélio colunar de camada única do canal cervical (Canalis cervicis). Entre a puberdade e a menopausa, o epitélio cilíndrico do canal cervical pode migrar para fora sobre o Pórtico (ectrópio), levando a uma vermelhidão mais intensa. Com uma colposcopia, estágios pré-cancerosos e câncer podem ser detectados nessa área.

    Reto:

    • Origem do reto: Extensão do cólon sigmoide, começando na borda superior da terceira vértebra sacral.
    • Forma e curvas:
      • Flexura sacral: Segue o contorno do sacro para baixo.
      • Flexura anorretal (perineal): Dobra para trás na área do períneo, protuberando para frente.
      • Flexuras laterais: Curvas ocasionalmente variáveis no plano frontal.
    • Características estruturais:
      • Comprimento de cerca de 15 cm.
      • Três pregas transversais semilunares; a mais proeminente é a prega de Kohlrausch cerca de 6 cm acima do ânus no lado direito.
    • Continuação no canal anal: Ampola retal acima do canal anal, que se expande quando preenchida.
    • Limites e localização:
      • Seção superior: Coberta por peritônio na frente e lateralmente, retroperitoneal (Reto fixo).
      • Contato peritoneal: Nas mulheres, o peritônio encontra o fórnice vaginal posterior e a parte de trás do útero (Bolsa retouterina) na prega transversa média.
      • Abaixo da prega de Kohlrausch: Completamente extraperitoneal.
    • Vizinhança anatômica:
      • Adjacente posteriormente ao sacro, cóccix e às partes posteriores do músculo elevador do ânus.
      • Adjacente anteriormente à vagina.
    • Vascularização e inervação:
      • Artéria sacral mediana, artéria retal superior.
      • Troncos simpáticos, artérias sacrais laterais, plexo sacral no tecido conjuntivo retroretal.

    Bexiga Urinária: 

    A bexiga urinária é um órgão muscular oco que serve para armazenar urina e depois expulsá-la através da uretra. A capacidade da bexiga é normalmente de 300-500 ml. A bexiga pode ser dividida em diferentes partes,

    • o ápice da bexiga (Apex vesicae), 
    • o corpo da bexiga (Corpus vesicae), 
    • a base da bexiga (Fundus vesicae), 
    • o colo da bexiga (Collum or Cervix vesicae), transição para a uretra 

    O ápice está conectado ao ligamento umbilical mediano (Chorda urachi), o ducto alantoico obliterado, que leva ao umbigo. 

    O peritônio se estende da bexiga até o útero (Bolsa vesicouterina).

    O trígono da bexiga é uma área mucosa triangular lisa localizada na base da bexiga. Esse triângulo é formado pelas duas aberturas dos ureteres (Ostia ureterum) e a abertura interna da uretra (Ostium urethrae internum). A prega interureteral delimita o trígono posteriormente, e anteriormente um canto é formado, que se estende para a uretra. Nessa área, a mucosa está intimamente fundida com a muscular. No resto da bexiga, há uma submucosa, que forma uma zona de amortecimento flexível entre a mucosa e a camada muscular, permitindo que a bexiga se encha e esvazie facilmente.  

    Bolsa de Douglas: 

    O peritônio, também conhecido como membrana peritoneal, forma uma espécie de camada dupla na área pélvica da mulher, cobrindo e protegendo os órgãos internos.

    O peritônio fica como um pano sobre o útero. Anteriormente, ele cobre a bexiga e a parede anterior do útero, formando uma depressão no nível do colo do útero, chamada de bolsa vesicouterina. Ele se estende ainda sobre o fundo e para a parede posterior até o fórnice vaginal posterior. Aqui, outra depressão é formada, conhecida como bolsa retouterina ou bolsa de Douglas. O peritônio então cobre a parede anterior do reto. A bolsa de Douglas é o ponto mais profundo na pelve feminina. 

  9. Direita inferior

    Parede Pélvica Direita: A parede pélvica direita consiste em uma combinação de ossos, músculos e fáscia que suportam a pelve e os órgãos pélvicos. Feixes neurovasculares importantes correm nesta região, suprindo a perna direita e os órgãos pélvicos.

    Apêndice: O apêndice vermiforme é um pequeno apêndice em forma de dedo do ceco. Está localizado no abdome inferior direito e pode ficar inflamado, levando à apendicite. A função do apêndice não é totalmente compreendida, mas acredita-se que ele desempenhe um papel no sistema imunológico.

  10. Flanco Direito

    Sulco paracólico direito: Esta estrutura é um sulco peritoneal localizado lateralmente ao cólon ascendente e facilita a circulação de fluidos na cavidade abdominal. Ele desempenha um papel na distribuição de processos inflamatórios ou infecciosos na cavidade abdominal.

    Cólon ascendente: A parte ascendente do intestino grosso se estende do ceco até a flexura cólica direita. Ele está localizado retroperitonealmente e está envolvido na absorção de água e eletrólitos para espessar as fezes antes de serem transportadas para o cólon transverso.

  11. Intestino delgado

    O intestino delgado é a parte mais longa do trato digestivo e desempenha um papel central na decomposição dos alimentos e na absorção de nutrientes. Ele mede cerca de 4 a 6 metros e é dividido em três seções:

    Duodeno: Esta seção está diretamente conectada ao estômago. A bile do fígado e as enzimas digestivas do pâncreas entram aqui, que são necessárias para decompor gorduras, proteínas e carboidratos.

    Jejuno: Na seção média do intestino delgado, ocorre a maior parte da absorção de nutrientes. A parede interna do jejuno está equipada com pequenas protrusões, as vilosidades e microvilosidades, que aumentam a área de superfície e, assim, maximizam a absorção de nutrientes.

    Íleo: A última parte do intestino delgado absorve principalmente os nutrientes restantes, como a vitamina B12. O íleo finalmente se abre para o intestino grosso via válvula ileocecal.