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Gestão perioperatória - linfadenectomia pélvica em ambos os lados, laparoscópica, laparoscopia assistida por robô (DaVinci)

  1. Histórico Médico

    Histórico Ginecológico:

    • Sintomas iniciais (ex.: sangramento pós-coito ou atípico, dor, corrimento vaginal)
    • Ciclo menstrual, número de gestações/partos
    • Doenças ou procedimentos ginecológicos prévios
    • Status de HPV e exames de Papanicolau

    Histórico Médico Geral:

    • Condições pré-existentes (ex.: doenças cardiovasculares, pulmonares, endócrinas)
    • Infecções, doenças autoimunes
    • Cirurgias prévias, especialmente no abdômen/pelve
    • Histórico de medicamentos (ex.: anticoagulantes, imunoterapia, terapia hormonal)

    Histórico Oncológico:

    • Estágio e histologia do câncer cervical (classificação FIGO)
    • Quimioterapia ou radioterapia prévias
  2. Exame Clínico

    Status Geral:

    • Parâmetros vitais (PA, FC, temperatura, frequência respiratória)
    • Condição geral, estado nutricional

    Exame Ginecológico:

    • Colocação do espéculo: Inspeção do colo do útero e vagina para tumor ou ulcerações
    • Exame bimanual: Avaliação da mobilidade e infiltração do tumor
    • Ultrassonografia transvaginal para avaliação de tumor uterino e anexial
    • Exame retovaginal para avaliar possível infiltração parametrial

    Status dos Linfonodos:

    • Palpação dos linfonodos inguinais, supraclaviculares e axilares
  3. Diagnósticos Pré-operatórios

    Imagens para Diagnóstico de Estadiamento:

    • RM Pélvica (Avaliação da extensão local do tumor)
    • TC Tórax/Abdome/Pelve (Exclusão de metástases distantes)
    • possivelmente PET-CT (em caso de envolvimento linfonodal incerto)
    • Diagnósticos Urológicos:
      • possivelmente Cistoscopia se infiltração na bexiga for suspeita
      • possivelmente Ultrassonografia Ureteral ou Urograma por TC para avaliação dos ureteres
  4. Preparação Pré-Operatória

    Educação e Consentimento do Paciente:

    • Divulgação de riscos quanto a sangramento, infecções, danos nervosos, trombose, linfoceles
    • Discussão de alternativas (ex.: radioquimioterapia)

    Otimização da Condição Geral:

    • Correção de distúrbios eletrolíticos e anemia (ex.: infusão de ferro)
    • Ajuste ou pausa de medicamentos anticoagulantes
    • Abstinência de nicotina pelo menos 2 semanas antes da cirurgia

    Profilaxia de Trombose:

    • Iniciar com heparina de baixo peso molecular (HBPM) na noite anterior à cirurgia

    Preparação Intestinal:

    • Dieta leve no dia anterior, possivelmente laxante

    Profilaxia Antibiótica:

    • 30–60 minutos antes da incisão na pele cefalosporina de segunda geração (ex.: cefuroxima 1,5 g i.v.) e metronidazol

    Manejo da Dor Perioperatória:

    • Analgesia multimodal com paracetamol/metamizol, AINEs, possivelmente opioides

    Diagnósticos Laboratoriais:

    • Hemograma, coagulação, eletrólitos, valores renais e hepáticos
    • Marcadores tumorais: possivelmente SCC (carcinoma de células escamosas), possivelmente CEA
    • Sorologia de infecções (HIV, Hepatite B/C, Sífilis)
  5. Monitoramento pós-operatório imediato

    Monitoramento na unidade de terapia intensiva ou IMC para pacientes instáveis

    Monitoramento regular de:

    • Parâmetros vitais (PA, FC, SpO₂, temperatura)
    • Quantidade e qualidade da drenagem (sangramento, fístulas linfáticas)
    • Débito urinário via cateter vesical
    • Sinais de lesão ureteral ou vesical (hematúria, disúria)

    Profilaxia de trombose:

    • Continuação de HBPM e meias de compressão

    Manejo da dor:

    • Bomba PCA (analgesia controlada pelo paciente) ou opioides conforme necessário

    Nutrição e mobilização:

    • Ingestão precoce de líquidos orais (desde que não haja sinais de íleo)
    • Mobilização precoce a partir do 1º dia pós-operatório
  6. Acompanhamento e Recomendações Comportamentais

    Gerenciamento de Feridas e Drenos:

    • Remova os drenos após 2–5 dias se a secreção <50 ml/dia
    • Monitore por linfoceles (controle por ultrassom se necessário)

    Gerenciamento de Cateter Urinário:

    • Remova após 1-3 dias se não houver retenção urinária

    Profilaxia de Trombose:

    • HBPM por pelo menos 4 semanas pós-operatórias

    Fisioterapia Precoce e Drenagem Linfática:

    • Para reduzir o linfedema
    • Mobilização para prevenir trombose

    Acompanhamento Ginecológico:

    • Primeira consulta após 4 semanas
    • Exames ginecológicos regulares a cada 3–6 meses nos primeiros 2 anos

    Recomendações de Estilo de Vida e Comportamentais:

    • Evite levantamento de peso pesado (>5 kg) por 6–8 semanas
    • Sem relações sexuais por 4–6 semanas
    • Informe sobre possíveis complicações (linfedema, disúria, disfunção sexual)